quinta-feira, 16 de julho de 2009

No fundo somos todos iguais.

Estive por alguns minutos com uns devaneios e achei interessante escrevê-los. No inicio do mês ao receber minha Bravo! Fiquei indignado ao ver que ela estava danificada devido ao entregador relapso, mas em seguida esqueci e fui logo abrindo, pois estava ancioso para ler a reportagem com Selton Mello sobre o filme Jean Charles, confesso que fiquei realmente impressionado com o ator, sempre considerei Selton um dos melhores atores brasileiros e isso se confirmou ao ler algumas colocações do mesmo sobre sua vida e seus personagens... afinal ele é um baita ator, famoso, diga-se de passagem bonito, e em “teoria” bem de vida (financeiro), mas me surpreendi com suas confissões na entrevista, o fato de que Senton enfrenta os mesmo problemas que uma pessoa qualquer, sua luta contra balança que durante 10 anos foi combatida com remédios e o fato de agora ter decidido de vez abandona-los, resultando em uma rebordosa (afinal, quimica é quimica) que surtiu em uma depressão. Depressão esta que fez com que ele mesmo se criticasse e se questionasse como profissional durante toda a gravação de Jean Charles. Isso mostra que apesar do abismo cultural entre uma pessoa comum (nós) e um artista famoso, no fundo todos somos iguais.
O fato de Selton ter abandonado as produções televisivas e ter se dedicado ao cinema, mesmo que por condições de remuneração simbólicas, como ele mesmo afirmou “Não arrumo comerciais todo mês. Mas, quando arranjo, embolso o suficiente para me sustentar e, inclusive, rodar uns filmes quase de graça. Recebi cachês simbólicos em “Arido Movie”, “Garotas do ABC”, “O Cheiro do Ralo”... Na verdade nunca imaginei me tornar milionário” faz com que eu reitere a afirmação do titulo do post.

Outra coisa que me chamou muito a atenção na entrevista foi suas 3 citações ao filme Lavoura Arcaica, realmente achei muito legal a forma como ele mostrou sua admiração pelo filme e pelo quão importante foi a oportunidade de trabalhar em filmes dessa estirpe, afinal o filme é um “puta filme” e mexe com o intelecto de qualquer um que assista e quando o próprio ator reconhece esta individualidade em produções independentes e de publico tão seleto, torna o "mesmo" (no duplo sentido) ainda mais interessante.
Mais um ponto que mostra a igualdade a que me refiro, é a sua profunda admiração (e nesse caso colocando acima de si próprio) pelo ator Wagner Moura e Paulo José “O Wagner Moura é o melhor ator de minha geração”. Enfim como eu sempre digo: - pra mim o Selton é o "cara" do cinema brasileiro.

Mas não para por aí, é uma baita entrevista e vale a pena conferir, não sei se já está disponível no site da Bravo!, mas para quem se interessar vale a pena comprar a sua na banca.

“Fiz o Jean Charles me julgando péssimo, deslocado. Questionei tudo durante as filmagens, inclusive meu talento: ‘Sou uma farsa!’. O louco é que resultou num negócio bonito, delicado. O sofrimento do Senton escorreu para o Jean”.

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