segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Sobre o cinema nacional.
[...] Isso por que o Brasil tem o cinema que fala só da miséria, da violência. E tem o outro, que é esse cinema continuação da novela das 8, Daniel Filho e do resto. E existem também aqueles outros que ficam querendo ser mais ou menos, não poem a cara pra bater. O mal do Brasil é que as pessoas querem ser cineastas. Isso dá um status que tem a ver com dinheiro, poder. Você é um ser especial, incomum. Tem de ter a responsabilidade de mostrar o que quer dizer. Como dizia Chico Science, "de que lado você samba, de que lado você vai sambar?". De que lado está seu cinema? É um cinema para manter as coisas como estão? Ou para pensar, mudar? E teu compormisso com a sociedade sobre questões como preconceito? Quem é você? Para que você é artista?
(Cláudio de Assis, diretor de Amarelo Manga, Baixio das Bestas e Febre de Rato, em entrevista a Revista Cult de julho).
....
Falou pouco, falou tudo.
Quero muito a foto dessa matéria na parede do meu quarto :)
terça-feira, 14 de junho de 2011
FESTA DE ANIVERSARIO :)
Em alusão as 25 voltas em torno do sol a bordo da espaçonave Terra, Gabriel (MOICANO) convida para curtir um belo dia ao som de: LISS, Full Gas, Brazucas, Takicardia, Costeletas, Interpolares + participações especiais.
O evento será no Estúdio Full Gas em Rio do Sul a partir das 14h.Todos os amigos estão convidados, os amigos dos amigos também estão convidados, só não tem convite quem não tem amigo.
Cerveja gelada a preço de custo.
Chegue cedo, curta a positividade do dia, o evento é ao ar livre e é noite de lua cheia.
Está expressamente proibido baixoastralizar o ambiente.

Galera, abaixo o mapa para chegar no local, é bem facil :) Qualquer coisa liguem.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
...
Talvez.
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
(Pablo Neruda)
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Psicodália de Carnaval 2011 - Rio Negrinho/SC
sábado, 14 de maio de 2011
Abraço.
Perde o ar por um instante... depois ele volta;
E o calor é tão grande, que cachecol nenhum, jamais alcançará.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Conselhos de uma lagartixa.
Outro dia me peguei pensativo no banho. É sempre ali, o lugar perfeito, fico pensando, pensando, pensando e parece que nunca tem fim. Me fazia companhia uma simpática lagartixa, bonitinha e grudenta, bem na parede ao meu lado, talvez fazendo uma sauna. Vendo ela assim parada, me olhando, lembrei de minha cadela, Susie, que faleceu no inverno passado. Aquela sim era uma boa companhia, primeiro me sujava todo, pulava, mordia, depois quando cansada, ficava ali, deitada do meu lado, sempre encostada em mim, como quem dizia: manda bala, conta tudo. E realmente funcionava, quando terminava de falar, ela ainda estava ali, não saía até eu me levantar. Saudades. Olhei mais um pouco para aquela lagartixa e fiquei instigado, ela me olhando, quieta e paciente, logo imaginei: não será a reencarnação de minha cachorra, sempre fiel, ali, esperando pelas minhas palavra pra só depois ir embora? Que seja, decidi conversar com ela um pouco. O banho que outrora demorava 10 minutos, desta vez demorou 30. Falei, falei, falei e silenciei. Segundos após, quando ia por a mão no registro para fechar o chuveiro a lagartixa se mexe, olha novamente para mim e diz: Gabriel, você é um besta! Não vês o que é preciso ver, o que até eu consigo ver daqui, grudada nesta parede. Apenas por alguns minutos, abra os olhos do coração e feche os da razão. Depois disso se virou, balançou o rabo e foi embora. Parei por alguns segundos, inerte, olhando para a parede rachada do banheiro. Pensei comigo: Que diabos, estou me aconselhando com uma lagartixa! Fechei o registro, me sequei e fui dormir.
domingo, 8 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Positive Vibrations - Guarda do Embaú (outono de 2011)
![]() |
domingo positivo na praia onde existe um tesouro "Guardado Em Baú" |
Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra,
a paz ainda é mais importante que eles".
Esta frase vive nos cabelos encaracolados das cucas maravilhosas, mas se perdeu no labirinto dos pensamentos poluídos pela falta de amor. Muita gente não ouviu porque não quis ouvir.
Eles estão surdos!
(Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Do arquivo secreto.
Já devo ter copiado esse texto para colar no blog pelo menos umas 5 vezes, sempre volto atrás e deleto. Confesso ter um pouco de receio em postar alguns escritos do meu arquivo particular. Mas quer saber, esse texto fala justamente sobre isso e creio que posta-lo aqui já é um grande passo.
Das coisas que não aprendi nos discos, nem nos livros, nem em
lugar algum.
Quando jovem, o amor não é fácil, pelo menos para mim, nunca
foi. O colegial que parece tão mágico nas lembranças, não era tão divertido
assim, lá é que brotaram os primeiros frutos, as primeiras experiências que
hoje praticamente esquecemos, mas que na época vivemos, sentimos. Tudo sempre
tão novo, tão incerto, tão ingênuo, coisas que eram para ser vistas, não eram.
A grande dificuldade sobre qualquer coisa, sempre foi a de aprender sozinho, talvez
o medo, a timidez, a falta de confiança ou a simples dureza masculina em falar
de assuntos do coração. Sobrevivi, pouco a pouco, disfarçando os sentimentos,
trocando de assunto e fazendo de conta que não se importava, que estava tudo
certo, o tempo todo. Funcionou bem, me machuquei pouco, pelo menos é o que
sempre pensei.
Contudo, tenho a impressão de que os machucados que foram
substituídos por aranhões, deixaram uma cicatriz ainda maior. Acho que aprendi a
esconder meus sentimentos de maneira tão eficaz, que hoje quando paro e olho,
percebo que o inverso ocorre, o que antes protegia agora impede, impede de
falar o que tem que ser dito, o que a natureza exige para que algo aconteça, a mínima
gota de água que dá vida a semente. Do contrario a semente sempre será uma
semente e como todas as outras que foram a terra e não ganharam irrigação, há
de secarem, serem esquecidas, substituídas, em um constante ciclo vicioso de
solidão.
domingo, 17 de abril de 2011
Um pouco do que vejo.
Os domingos são longos, sempre eles, em todo final de uma
semana, eles vem e te avisam novamente: - Olá caro mancebo promissor! Amanhã
tens que trabalhar, lembra-te?
E daí o desconforto é imediato, pensas que tens que aproveitá-lo,
mas pensas também que queres descansar, uma vez que você é um maldito mandrião boêmio
que bebe todas, todos os sábados. Por fim, na maioria das vezes opto por descansá-los
e no fim chego a conclusão de que há tempos tenho a mesma visão, bem daqui onde
estou, digitando este texto. Algo de bom, admito, apesar de ser um quarto bem
bagunçado o meu, mas animador por alguns instantes, como este.
De onde estou consigo ver bem algumas pilhas de DVDs, os
novos, que ainda não levei para a Fábrica (leia-se escritório) nem todos
legíveis, só os de letras grandes – Corra Lola Corra, Easy Rider, Valsa com
Bashir, O Mágico de Oz e Blue Velvet – mais abaixo perto do chão, um belo
Tarapaca Cabernet Sauvignon, em uma garrafa bonita, ainda com as etiquetas, uma
de preço e outra da bandeira. Na parede um violão empoeirado pelo pouco uso,
algumas fotos que lembram bons momentos e cartões postais dos amigos distantes.
Ao lado da cama, no bidê, caixas de remédio me advertem que a boemia tem
limites, enquanto meus óculos de sol, bem ao lado, dizem o contrario. Acima do
bidê, atrás de mim, a janela mostra o céu, hoje tímido e sem lua.
Enfim, por falta de inspiração, motivação e pela preguiça
iminente que domina meu corpo me impedindo de escrever coisas bonitas, termino
esse texto aqui, até por que já passa da meia noite e isso indica duas coisas:
1- já é segunda-feira, 2- tenho que tomar outro comprimido.
...
"Ficam em Paris uma semana, o dia inteiro e a noite inteira juntos.
Tomam banho juntos. Beijam-se com a boca cheia de comida, com a boca
cheia de pasta de dentes, com o rosto molhado, com o rosto ensaboado.
Ficam dias inteiros no quarto, rompendo os limites da imaginação e do
corpo, como ela diz. Ele faz imitações de atores famosos, Cagney,
Bogart, Karloff. Ela imita atrizes de filmes B, fazendo strip-tease."
(Rubem Fonseca)
(Foto: Acossado - Jean-Luc Godard)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
mais amor por favor
mais amor por favor from vjsuave on Vimeo.
Belíssimo resultado da parceria entre os artistas Ygor Marotta (BR) e Cecilia Soloaga (ARG).
Intervenção urbana nas ruas de São Paulo. Mais do que justo!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
...
"Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou..."
O que há por dentro
Desse lugar
Que ninguém mais pisou..."
(Samuel Rosa / Nando Reis)
segunda-feira, 28 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
FÁBRICA DE CINEMA DO ALTO VALE E BANDA VINCE EMPLACAM VIDEO CLIPE NA MTV BRASIL.
O vídeo clipe “Nossa Vez” da banda VINCE de Rio do Sul/SC finalmente emplacou na MTV Brasil. O clipe realizado pela Fábrica de Cinema do Alto Vale entrou na programação da MTV Brasil esta semana. O clipe foi produzido em Rio do Sul/SC de forma totalmente independente, contou com a ajuda de vários colaboradores e principalmente com a iniciativa da banda. No trabalho foram aplicadas 14 horas de gravação e mais de 50 horas de edição.
O vídeo clipe pode ser visto na pagina oficial da banda: www.myspace.com/vinceoficial ou no site da Fábrica de Cinema do Alto Vale.
O clipe também está participando do Top10 MTV e para você ajudar é fácil, basta acessar o site: www.mtv.uol.com.br/top10/vote digitar no nome da banda VINCE e clicar no nome da música NOSSA VEZ.
A Fábrica de Cinema do Alto Vale não descansa e já está trabalhando em um novo projeto, dessa vez os operários desta indústria estão produzindo um curta metragem em stop motion. O filme já está em fase de produção e conta com a parceria de profissionais de Rio do Sul, Joinville, Curitiba e São Paulo.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Percepções de minhas manhãs.
O dia amanhece bonito.
Óculos escuros logo cedo,
indicam que a boêmia persiste.
E mostram ao sol, que a lua não desistirá da
noite.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Campeche, Donavon Frankenreiter, Ben Harper e VIBRAÇÕES POSITIVAS!
Fim de semana emblemático este último. Depois de uma
maratona on-line para conseguir informações, ingressos, acampamentos e caronas,
parece que tudo deu certo. A galera do Médio Vale compareceu em peso e a trip
para a praia do Campeche (Floripa/SC) foi um sucesso. Diga-se de passagem que a
organização do Praia Skol vacilou feio no lance dos ingressos, mas em
compensação mandou muito bem na estrutura e atendimento no show.
Depois de um transito tenso na BR-470 (como sempre) uma
viagem tranqüila pela BR-101. Em Floripa o meu bom e velho senso de direção nos
fez entrar e sair da ilha 3 vezes antes de descobrir que bastava seguir reto
para chegar no ponto de troca do ingresso, o que não foi nada estressante, já
que logo depois pegamos um engarrafamento de quilômetros até a praia do
Campeche, sendo que era apenas 11 da manhã, isso sim foi estressante.
Finalmente chegamos no Camping dos Açores, baita camping,
recomendo a todos que forem visitar a ilha, muita sombra, piscina e ótimos
banheiros.
Daí pra frente só alegria, encontrando o pessoal aos poucos
e fazendo o esquenta para o show que começaria as 16h30. E realmente começou no
horário com a apresentação de Armandinho, que ainda bem, tive a oportunidade de
não ver. Logo depois, em uma velocidade invejável a qualquer festival, sobe ao
palco Tom Curris preparando a galera que ainda chegava para os shows
principais. Quando chega a vez de Donavon Frankenreiter o local pega fogo (no
duplo sentido) e a noite vem surgindo no maior clima havaiano. Na vez de Ben
Harper a euforia é geral, já é noite e de pegada entra “moendo” na sua guitarra
havaiana, uma cena que ficará na memória, ainda mais com a chuva que chegou
minutos depois para coroar a positividade daquele local, ninguém, absolutamente
ninguém arredou o pé da frente do palco, como se aquela chuva fosse artificial
e fizesse parte do show.
E não parou por aí, já que o evento acabou pelas 23 horas
(não lembro direito), ainda sobrou
tempo para comer um espeto de gato, depois um sanduba e ainda andar um bom
trecho na praia atrás do combinado luau (que não foi encontrado rsrs).
No domingo, junto com a ressaca chega a depressão de ir
embora, mas como o astral estava a mil naquele acampamento decidimos dar uma
emendada, isso quer dizer que o café da manhã foi uma lata de cerveja,
acompanhada de um conhaque com chocoleite. As 10 da manhã, quando boa parte do
camping está arrumando as malas, lá estávamos nós, violão, percussão, gaita de
boca e o que faltava para se definir, batida de maracujá num copo e Magnético
(Magnata + energético) no outro... pronto, virou festival! Resultado, o dia só
terminou depois do churras as 4 da tarde.
Mas nem tudo são flores, ainda tinha a volta pra casa, que
foi dura, na depressão e com engarrafamento na BR-101.
De qualquer maneira, um baita fim de semana e do qual “logo
tiro uma conclusão elementar, vou comprar uma prancha pra no mundo do surf me
integrar!”
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
COMO AS COISAS FUNCIONAM.
"Gosto, eu acho. Na verdade, as vezes eu penso que nasci pra ficar sozinho sabe, não sei como explicar, mas parece que quando estou sozinho a poesia surge, não sei se é assim contigo também? Sei lá, acho que o grande segredo dos artistas é a solidadão, estar deprimido. Lispector, Woody Allen, percebe?"
Diálogo retirado do roteiro C'est La Vie: Um Roteiro, escrito por Gabriel Garcia no inverno de 2010.
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